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Médico explica a associação de próteses mamárias com câncer

Categoria: Saúde

/ 7 de agosto de 2019

Após recall mundial por conta de suposta associação com incidência de um tipo raro de linfoma, cirurgião plástico ressalta que não há motivo para pânico

Na última quarta-feira, 24, houve um recall mundial por parte da marca Allergan de três de seus modelos de implantes mamários. A decisão se deu por conta da divulgação de dados da agência reguladora americana Food and Drug Administration (FDA), que associou o uso de próteses feitas de silicone texturizado com a incidência de um tipo raro de câncer, o linfoma anaplásico de células gigantes.

De acordo com o cirurgião plástico Ricardo Rezende, não há motivo evidente de alarme ou pânico. “Não há necessidade da retirada dos implantes, exceto no caso de sintomas específicos. Quanto ao acompanhamento, toda mulher, portadora ou não de implantes mamários, deve realizar periodicamente exames de prevenção, seguindo as orientações médicas habituais”, aponta o médico.

Sobre a doença

O linfoma anaplásico de células gigantes é um tipo de câncer que costuma se manifestar de 7 a 10 anos após o implante e, de acordo com Dr. Ricardo, é raríssimo. “Ele aparece por meio de um acúmulo de líquido ao redor da cápsula que envolve o implante mamário em aproximadamente 70% dos casos. Nos outros 30%, se manifestam como uma tumoração”, explica.

Entre os sintomas do aparecimento deste tipo de linfoma, estão o aumento do volume da mama e dores na região, sendo que quase sempre se apresentam apenas de um lado. “As mulheres que apresentarem este tipo de sintoma devem procurar um médico para fazer a investigação, com exames de imagem e punção”, alerta o especialista.

Se a paciente for diagnosticada, o tratamento consiste na retirada da prótese e na capsulectomia total, que é a remoção de toda a cápsula que envolve o implante. “Na maioria das vezes, apenas a retirada já é o suficiente para tratar a doença. Apenas em alguns casos é necessária a realização de sessões adjuvantes de radio e quimioterapia”, garante.

De todo modo, Dr. Ricardo reitera que não há motivos para entrar em pânico, pois ao manter um acompanhamento com um profissional e observar o aparecimento de possíveis sintomas, não há com o que se preocupar. “Embora a raríssima ocorrência estatística deste tipo de linfoma, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica permanece vigilante e ativa com investigações científicas em prol da segurança profissional e, sobretudo, dos pacientes”, finaliza.

 

 

 

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